segunda-feira, 23 de maio de 2011

O TERRENO ENFEITIÇADO


Em uma cidade do interior morava uma linda menina chamada Ana, tinha oito anos, um encanto de menina, porém, gostava de ficar sozinha, todos os dias ia e voltava da escola sozinha, sentava afastados dos demais da turma.
Tivera uma infância difícil, crescera sozinha, no seu mundo. Perdera sua mãe em um acidente de carro há quase dois anos, Deus a levara jovem, sentia muitas saudades das histórias que lhe contava, foram momentos mágicos, ficavam horas admirando as estrelas da janela do seu quarto.
No inicio sofreu muito, mas foi se conformando, a mãe estava sempre presente em seus pensamentos, sempre se lembrava que a mãe não gostava de ver ninguém triste.
Ana ficava horas se admirando no espelho, pois diziam que se parecia com sua mãe, a sua imagem lhe fazia sentir estar perto da mãe. Ana era um milagre de vida, pois estava no carro com sua mãe e havia sobrevivido, agora era só ela e o pai.
Toda manhã ao acordar ia passear na floresta, perto de sua casa, adorava sentir o perfume daquelas flores, passava por um terreno abandonado. Contava-se que era um terreno de bruxarias e feitiçaria, era considerado enfeitiçado, e não havia nenhuma flor ali. Somente uma pessoa com muito amor no coração que poderia quebrar aquele feitiço, mas não se sabia de que amor a lenda se referia.
Ana ficava imaginando se ela tinha o poder de quebrar aquele encanto, ficou imaginado aquele lugar cheio de flores, assim resolveu plantar flor ali, começou o serviço naquele dia. Retirou as mudas do seu jardim, preparou a terra e plantou-as, mas a dificuldade maior seria regá-las todos os dias, porém não desistiu se conseguisse fazer brotar flores ali, seria o jardim mais belo.

Ana passou a ir todas as manhãs no jardim, em uma manhã ficou até tarde cuidando das pequenas flores que ainda eram tão sensíveis, quando se deu conta já era tarde, estava com muita fome, foi para casa, à empregada a esperava, lavou as mãos e almoçou, se apressou para ir à escola. Quando estava dando à hora da saída, o tempo começou a fechar, logo veio uma tempestade, quando estava indo para casa se molhou muito. Ana ficou preocupa com seu jardim, choveu a noite toda.
Os dias se passaram e Ana adoecera o médico a examinara, estava resfriada, com inicio de pneumonia. O médico a mandou ficar de repouso, evitando sereno e chuva, somente poderia tomar o sol da manhã, sem fazer esforços. Ana estava frágil, seu pai ficou em casa para cuidar dela.
Dias se passaram e Ana aos poucos se recuperava, num dia acordou e pediu ao pai que a levasse no seu jardim, incapaz de ir sozinha, seu pai foi com ela.Ficou imaginando como ficara seu jardim, chegando lá viu que seu trabalho fora em vão, ficou muito triste, pois as plantas não sobreviveram à chuva. O pai a levou para casa, nos outros dias, ficou em casa, muitos dias se passaram e Ana havia se recuperado, lembrou do jardim e decidiu começar tudo de novo.
 Ao chegar, teve uma grande surpresa, não dava para acreditar, parecia ser um sonho, as flores haviam se recuperado, aquele cantinho que diziam ser amaldiçoado, que vira alagado de repente estava esplêndido, pois de uma tempestade havia ressuscitado, era lindo, as borboletas voando e pousando nas flores, flores lindas, coloridas, perfumadas.
Ana correu pelo jardim, muito feliz, teve a certeza de que nada é impossível, basta acreditar e lutar para que os sonhos se tornem realidade e nunca desistir em meio ao um obstáculo ou tempestade.

Autora: Rosi Plaster

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